sábado, 9 de abril de 2011

Cara de preocupação...


Olha minha cara de preocupação com o Bolsonaro e seu exército de Neonazistas de Zebu!

#Aloka!

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Amor Próprio!

NÃO!

Eu não vou deixar de ser homossexual só porque algumas pessoas não são.

NÃO!

Eu não vou pregar o ódio àqueles que pregam o ódio contra mim.

NÃO!

Eu não vou me igualar à pessoas cujo único objetivo na vida é ofender e julgar os outros.

Eu estou cansada demais para responder ao ódio com mais ódio.

ACABOU e eu não quero mais.

Quero começar vida nova.

Eu me amo. E não acho que o amor seja algo negativo na vida das pessoas.

Seja você um branco que ame uma negra.

Seja você um homem que ame outro homem.

O amor é lindo. E espero que seja o amor que vença no final.

Toda guerra tem baixas de ambos os lados, por isso não irei entrar na guerra. Não irei lutar e nem irei bater de frente contra ninguém.

Irei, a partir de agora, somente defender o direito de duas pessoas que se amam continuarem se amando e serem felizes do jeito que são.

Nem que para isso eu tenha que me expor.

Tenho 31 anos. Mulher. Homossexual.

Eu sempre soube que eu era homossexual. Quando eu tinha 13 anos, as meninas da 8a série achavam lindos alguns garotos que zombavam de mim por eu não conseguir achá-los bonitos.

Na época eu tinha vergonha de apontar as garotas bonitas e dizer à elas: "Olha, essas fazem meu tipo. Não é porque não me interesso por garotos que ainda sou criança. É que meu interesse é outro."

Mas eu nunca tive coragem para isso. Pelo menos não nessa época.

No colégio foi mais difícil ainda. Todas as minhas colegas tinham namorado. E eu não. Todas me cobravam um namorado, mas achei que seria uma hipocrisia eu mentir para mim e ir contra a minha natureza se eu arrumasse um namorado.

Sofri Bulling. No 3o ano do Colégio meu apelido era "Sapatão".

Eu mal podia usar o banheiro da escola que logo já diziam: "Meninas, cuidado com a Sapatão, ela entrou no banheiro de vocês". Então, eu me segurava até chegar em casa. Para que não achassem que eu entrava no banheiro de má fé.

Meus pais, meus colegas... as pessoas que eu conhecia, todas éram (ou se diziam) héteros. Eu não me enquadrava.

O que prova que a Orientação Sexual não pode ser mudada. Não pode ser influenciada. Com tanta influência hétero, por que eu era homossexual?

Nem eu sabia.

Mas eu venci essa fase. Assim como todos os jovens homossexuais irão vencer um dia.

Acho repulsivo qualquer pessoa pregar o ódio contra pessoas que já são tão odiadas.

Acho repulsivo pregar o ódio à quem já inicia a adolescência se culpando, se odiando, e ainda recebendo "alfinetadas" de outros alunos e professores.

Acho repulsivo alguém acabar com a sua auto-estima sem motivo algum.

Existem pessoas que se dizem religiosas e que pregam o ódio e a intolerância. E contra quem? Contra homossexuais? O que fazemos de tão errado? Amar?

Quer dizer que pessoas como o Deputado Bolsonaro acha bonito pregar ódio à pessoas que amam, só porque ele ama diferente?

Nós homossexuais não queremos ser melhor e nem pior que os héteros. Só somos diferentes. Assim como um negro é diferente de um branco, e nunca pior. Assim como os Muçulmanos não diferentes dos Judeus e nunca pior. O que tem de pior no ser humano não é o fato de ele ou ela amar diferente, ou ter cor de pele diferente, ou acreditar em coisas diferentes. O que tem de pior no ser humano é se agredir, é se odiar, é pregar o ódio aos seus semelhantes.

Não precisamos dividir o mundo entre homossexuais X heterossexuais.

Podemos conviver em paz, um respeitando o amor do outro. E todos nós respeitando o maior dos amores: O AMOR PRÓPRIO!

Por Cristina Dracco - São Paulo, 04 de abril de 2011.